domingo, 12 de outubro de 2008

Paris proibe manifestações para evitar violência urbana.





"Prevêem-se para hoje ações violentas. Apelos feitos através da Internet e de SMS."






As autoridades parisienses resolveram proibir, durante o fim-de-semana, as manifestações em Paris, de forma a impedir atos de violências como os que têm afetado os arredores de várias cidades francesas há já duas semanas. Um comunicado da Câmara revela que "mensagens difundidas nos últimos dias através da Internet e por SMS apelaram a manifestações no dia 12 de Novembro [hoje] em Paris e ado 'ações violentas' segundo os termos s seus autores". A decisão de proibir qualquer reunião surge no quadro do estado de emergência declarado, na quarta-feira, pelo Governo de Dominique de Villepin ao abrigo de uma lei de 1955. Paris anunciou ainda o reforço dos meios de segurança - perto de três mil polícias vão ser destacados para a capital francesa durante o fim-de-semana. Em todo o país, mantém-se o dispositivo de 12 mil agentes. O sistema de transportes públicos na capital, poupado até ao momento, foi também colocado "sob vigilância".
A proibição em Paris surge numa altura em que a violência nos subúrbios parece estar a diminuir de intensidade, uma acalmia que ainda é contudo frágil. Os distúrbios poderão contudo voltar a intensificar-se naquele que o jornal Le Parisien considera o "fim-de-semana decisivo". Na noite de quinta para sexta-feira houve registo de 463 veículos incendiados em França, um número claramente inferior aos 1400 registados na pior jornada (domingo para segunda). Em Lyon, jovem apedrejaram a polícia, causando ferimento em oito agentes. Por seu lado, um polícia implicado na agressão de um jovem foi colocado em prisão preventiva e quatro outros estão sob controlo judiciário. O incidente ocorreu na segunda-feira, no subúrbio norte de Paris, e foi filmado por uma equipa da televisão pública France 2.
Os autores da agressão, a murros e pontapés, poderão ser condenados a uma pena máxima de cinco anos de prisão.No plano judicial, um balanço publicado ontem pelo Ministério da Justiça revela que desde o início das acções violentas - motivadas pela morte acidental, a 27 de Outubro, de dois jovens quando fugiam da polícia - foram condenadas 358 pessoas a penas de prisão. Segundo a mesma fonte, no total foram detidas 2370 pessoas. A Amnistia Internacional já se mostrou "preocupada" com "eventuais violações dos direitos humanos" após a instauração do estado de emergência.
Ontem, o dia ficou marcado em Paris pelas celebrações do Armistício de 1918, que contaram com a presença do Presidente Jacques Chirac e se desenrolaram sem incidentes. Perto da Torre Eiffel, cerca de 300 pessoas participaram numa manifestação de paz organizada por várias associações dos subúrbios da capital.

Reportagem por: AP-Jacques Brinon
Editorial:
Países desenvolvidos também tem problemas com a violência em Paris, as manifestações foram interrompidas pois o governo teme atitudes violentas dos participantes e essas atitudes podem resultar em ações violentas e comprometedoras. As pessoas hoje tem vários direitos interrompidas porque não sabem mais como utilizá-los, infelizmente existem pessoas que ainda acham que tudo se resolve com a violência, e por causa de meia duzia outros muitos acabam sendo prejudicados e tendo seus direitos de expressão extintos. Nós precisamos mudar isso, a violência não pode fazer parte do nosso dia-a-dia, nós não podemos nos adaptar a ela e sim fazer com que ela não exista por qualquer que seja o motivo. A violência não leva ninguém a lugar nenhum e se ainda existem países que querem prosperar, eles precisam primeiro sanar todo os problemas que se unem ou integram a violência, só assim as nações entrarão em paz e o mundo será melhor.

Nenhum comentário: