segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Entidades se reúnem para discutir violência


"Mudança penal motivada pela comoção é um erro, diz OAB. Fórum permanente será criado para discutir medidas antiviolência".

Diversas representações da sociedade civil se reuniram nesta quarta-feira (14), na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em Brasília, para discutir uma pauta consensual de medidas contra a violência no país. Na reunião ficou acertada a criação do Fórum para Superação da Violência e Promoção da Cultura da Paz, que pretende debater quais propostas de combate à criminalidade serão encaminhadas ao Congresso Nacional. O Fórum para Superação da Violência e Promoção da Cultura da Paz é formado pela Associação dos Juízes Federais (Ajufe), Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Associação Luso-Brasileira de Juristas do Trabalho (Jutra), Associação Brasileira de Advogados Trabalhistas (Abrat), Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT) e pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). “Entendemos que não é uma reforma penal motivada pela comoção que vai resolver o problema da violência no Brasil. Achamos que devemos dar uma resposta à sociedade baseada em uma discussão profunda sobre as verdadeiras causas dessa violência”, disse o presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto. Segundo o presidente da Associação dos Juízes Federais (Ajufe), Walter Nunes, o parlamento costuma atuar somente em momentos de comoção. “É preciso discutir de maneira permanente os dogmas do nosso sistema social. Queremos modificações, mas queremos, acima de tudo, uma discussão aprofundada, séria e corajosa.”
Problema complexo
De acordo com Cezar Britto o problema da violência é mais complexo do que a simples revisão do sistema penal. “A violência não decorre da maioridade ou minoridade penal. Mudar a lei não muda a realidade. Toda essa situação tem mais a ver com a ausência do Estado na saúde e na educação, e na perda de valores da família e da infância”, disse. O Fórum para a Superação da Violência deve ser permanente e contará com a participação de outras organizações civis. A organização terá como primeira ação a solicitação de uma audiência pública no Congresso para o debate da violência urbana e rural. “O prazo que demos para as primeiras proposta efetivas do fórum é de um mês. Até lá, estaremos discutindo junto à sociedade e ao parlamento questões que julgamos importantes nesse debate”, afirma Britto.

Reportagem por: Humberto Viana
Editorial:
A violência hoje se faz presente em todos os momentos e em todas as circunstâncias, e para que o mundo se torne melhor pessoas influentes criam projetos em prol de salvar novas vidas ou evitar que elas simplesmente se percam. O objetivo maior dos fundadores de projetos como o fórum é que ele realmente consiga conscientizar as pessoas e que elas realmente compreendam que violência é perca de tempo. O que precisa ser feito e acredita-se que é o que todos defendem, é o investimento pesado em educação e que o governo juntamente com a sociedade proponha sempre alternativas que sufoquem a criminalidade até que ela desapareça. As pessoas que convivem com esse triste cotidiano são sem dúvida alguma as mais afetadas e é por isso que devem lutar por seus direitos e colocar um ponto final em histórias que sempre envolvem tragédia e que nós somos obrigados a acompanhar diariamente.

Instituto SOU DA PAZ




"O objetivo do Sou da Paz é influenciar a atuação do poder público e de toda a sociedade frente à violência.

O Sou da Paz implementa projetos nas regiões e com os públicos mais afetados pela violência, assessora governos na elaboração e implementação de políticas de segurança e mobiliza a sociedade sobre o tema."


Editorial:

No Brasil existem várias instituições que procuram combater à violência e se aliam para defender a população perante as autoridades e o governo. A instituição Sou Da Paz, procura minimizar os indíces de criminalidade e está inovando sempre para que a população não saia perdendo nunca.

Música: Violência Urbana por 10zero4




O rádio da polícia anuncia outra morte em plena luz do dia


A violência em evidência o tempo inteiro


Mas não me acostumo e nem gosto do cheiro


É triste ver uma mãe que chora e um irmão que tomba


O desespero nessa hora é o estopim da bomba


Uma cruel tendência cada vez mais forte onde o mais fraco é jogado à própria sorte


Realidade nua e crua


Debaixo da ponte no olho da rua


Violência urbana, violência urbana


Mais um dia amanhece e a cena se repete


Sequestro, estupro, assalto à mão armada, crime hediondo, peculato e cilada


O lixo e luxo em contraste


Injustiça e descaso movendo o desastre


A nossa arma é não calar a boca pois esse tiro é certeiro e à queima-roupa


Realidade nua e crua debaixo da ponte no olho da rua


Violência urbana, violência urbana


"Não fui eu, não fui eu que peguei no alheio


Quando a polícia chegar tira o meu nome do meio


Ô pai ô mãe eu nã matei nem roubei


Quando a polícia chegar tira o meu nome do meio."



Música produzida por: 10zero4

Editorial:
Os músicos conseguem expressar aquilo que eles realmente sentem diante das problemáticas da sociedade.A banda 10zero4 conseguiu mostrar literalmente os problemas que violência urbana tem causado em todo o mundo, inclusive no Brasil, em regiões periféricas onde a população não tem qualquer tipo de instrução e nem oportunidades para viverem dignamente, muitas vezes eles optam pelo caminho do crime porque sabem que será muito mais fácil de conseguir um 'status' dentro da sociedade que vivem, porém não sabem que estão entrando para um caminho que pode ser muito perigoso.

"Polícia procura assassinos que esfaquearam homem."


A Polícia ainda não tem pistas dos dois homens que mataram na manhã de ontem o jovem Rodrigo Alves Galeano, 21. Ele foi morto com seis golpes de faca: quatro no peito, um nas costas e um na cabeça, onde ficou enfiada a arma usada no crime. O assassinato aconteceu por volta das 6h30 da manhã, na área de circulação entre os blocos da quadra 5 B, no Residencial Paiguás, em Cuiabá. Segundo informações de moradores, os dois criminosos deixaram o local em uma motocicleta. Um deles segurou a vítima e outro efetuou os golpes. Investigadores da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), começaram as diligências logo após o assassinato, mas até o final da tarde não haviam localizado os suspeitos.
Testemunhas teriam dito que vítima e assassinos teriam sido vistos juntos, em um bar localizado nas imediações. Rodrigo não mora no residencial, mas estava há alguns dias na casa de familiares. Uma irmã dele, que reside no local e está grávida entrou em desespero, ao encontrar o irmão morto, ainda com a arma do crime na cabeça. Segundo o delegado adjunto da DHPP, Antônio Esperandio, a partir de hoje familiares e outras testemunhas serão ouvidas e poderão apontar quais seriam as motivações do crime. Ontem, a polícia ainda não tinha informações se a vítima tinha ou não passagens criminais. Este foi o 25º assassinato registrado este mês na Grande Cuiabá. São 11 crimes em Várzea Grande e 14 na Capital. A grande maioria dos assassinatos, cerca de 80%, resultam do acerto de contas pelo tráfico, apontam as estatísticas da DHPP.
À meia noite de sábado, o ex-presidiário Thiago da Costa, 20, foi executado com um tiro na cabeça, quando caminhava por uma das ruas do bairro Santa Laura, na região do Coxipó. O crime aconteceu em um momento de chuva intensa, que não intimidou o assassino que se aproximou da vítima, fez o disparo e desapareceu por uma das ruas do bairro.


Reportagem por: Silvana Ribas (Da Redação)

Editorial:

Muitos crimes se sucedem hoje em dia como vingança, acerto de contas e geralmente por motivos banais e que desestruram a família a partir do momento que se entra para a vida do crime ou para o mundo das drogas, são caminhos que não tem volta.Em Cuiabá, cidade influente, o número de assassinatos por acertos de conta são cada vez maiores, e geralmente esses não servem de exemplo para nada, só rendem sofrimentos e o desencadeamento de novos crimes. A vingança não leva nada e já é hora da população aprender que não é por esse caminho que as coisas irão se resolver.

"Travesti assalta uma gestante, é preso e reconhecido pela vítima."


Uma jovem grávida de 7 meses foi ameaçada por um assaltante no bairro CPA 4. O travesti Adelbarco Carvalho de Amorim, 21, também conhecido como Sheila ou Michele foi reconhecido pela vítima quando foi preso, dormindo em casa, no bairro Doutor Fábio. Segundo declarações da a vítima E.S.S, 20, ela seguia com uma amiga para o ponto de ônibus no CPA 4, no momento em que Adelbarco apareceu. O acusado teria ameaçado as duas com uma faca e arrancado uma corrente e o celular da amiga.
A gestante começou a gritar por socorro, quando o criminoso mandou ela "calar a boca" dizendo que iria "tirar na faca" o filho da barriga dela. Depois fugiu, levando o celular e a corrente.
Por ser uma "figura" conhecida no bairro, as diligencias da policia militar não tiveram dificuldades em localizar a casa do irmão do acusado. Segundo os Boletins de Ocorrência o próprio irmão da vítima que mora no CPA 4 teria mostrado aos policiais onde Adelbarco mora, no bairro Doutor Fábio. A PM encontrou o acusado dormindo, aparentemente sob o efeito de entorpecentes. A corrente e o celular não foram encontrados. Adelbarco disse que já tem passagem por crime de tentativa de homicídio. Ele seguiu para o presidio do Pascoal Ramos.


Reportagem por: Bruno Barreto (Especial para Gazeta)


Editorial:

A criminalidade em Cuiabá tem aumentado e os números são exorbitantes, as pessoas que vivem em bairros menos favorecidos não podem contar com uma segurança eficiente e correm diversos riscos de vida diariamente.Todas as pessoas utilizam da vida do crime para conseguir aquilo que querem, principalmente aqueles que são dependentes de entorpecentes, infelizmente a sociedade nada faz para mudar essa realidade, os dias vão passando, os medos monopolizando e vidas vão deixando de seguir por conta das pessoas que insistem em fazer o mal. Uma das saídas atualmente é o investimento pesado em educação e o incentivo ao emprego.São atitudes como essas que vão garantir a disciplina, a ordem e a tranquilidade da sociedade e de cada cidadão. É preciso lutar pelos direitos.



O Dia em que Sampa Parou

http://charges.uol.com.br/2006/05/26/raul-seixas-canta-o-dia-em-que-a-terra-parou/

Editorial:
Essa charge relata a real situação que não só os paulistanos, mas também todo brasileiro vive na atual sociedade, coagido e com medo de pessoas que tem intenções cruéis. É uma realidade que deve ser analisada por cada um e uma situação que deve ser colocada na balança, já que somos nós os responsáveis pela escolha dos nossos representantes no governo.A segurança tem propiciado nos dias de hoje a violência e a população precisa se conscientizar e entender que mudanças são necessárias e que a nossa vida vale mais.

domingo, 12 de outubro de 2008

Paris proibe manifestações para evitar violência urbana.





"Prevêem-se para hoje ações violentas. Apelos feitos através da Internet e de SMS."






As autoridades parisienses resolveram proibir, durante o fim-de-semana, as manifestações em Paris, de forma a impedir atos de violências como os que têm afetado os arredores de várias cidades francesas há já duas semanas. Um comunicado da Câmara revela que "mensagens difundidas nos últimos dias através da Internet e por SMS apelaram a manifestações no dia 12 de Novembro [hoje] em Paris e ado 'ações violentas' segundo os termos s seus autores". A decisão de proibir qualquer reunião surge no quadro do estado de emergência declarado, na quarta-feira, pelo Governo de Dominique de Villepin ao abrigo de uma lei de 1955. Paris anunciou ainda o reforço dos meios de segurança - perto de três mil polícias vão ser destacados para a capital francesa durante o fim-de-semana. Em todo o país, mantém-se o dispositivo de 12 mil agentes. O sistema de transportes públicos na capital, poupado até ao momento, foi também colocado "sob vigilância".
A proibição em Paris surge numa altura em que a violência nos subúrbios parece estar a diminuir de intensidade, uma acalmia que ainda é contudo frágil. Os distúrbios poderão contudo voltar a intensificar-se naquele que o jornal Le Parisien considera o "fim-de-semana decisivo". Na noite de quinta para sexta-feira houve registo de 463 veículos incendiados em França, um número claramente inferior aos 1400 registados na pior jornada (domingo para segunda). Em Lyon, jovem apedrejaram a polícia, causando ferimento em oito agentes. Por seu lado, um polícia implicado na agressão de um jovem foi colocado em prisão preventiva e quatro outros estão sob controlo judiciário. O incidente ocorreu na segunda-feira, no subúrbio norte de Paris, e foi filmado por uma equipa da televisão pública France 2.
Os autores da agressão, a murros e pontapés, poderão ser condenados a uma pena máxima de cinco anos de prisão.No plano judicial, um balanço publicado ontem pelo Ministério da Justiça revela que desde o início das acções violentas - motivadas pela morte acidental, a 27 de Outubro, de dois jovens quando fugiam da polícia - foram condenadas 358 pessoas a penas de prisão. Segundo a mesma fonte, no total foram detidas 2370 pessoas. A Amnistia Internacional já se mostrou "preocupada" com "eventuais violações dos direitos humanos" após a instauração do estado de emergência.
Ontem, o dia ficou marcado em Paris pelas celebrações do Armistício de 1918, que contaram com a presença do Presidente Jacques Chirac e se desenrolaram sem incidentes. Perto da Torre Eiffel, cerca de 300 pessoas participaram numa manifestação de paz organizada por várias associações dos subúrbios da capital.

Reportagem por: AP-Jacques Brinon
Editorial:
Países desenvolvidos também tem problemas com a violência em Paris, as manifestações foram interrompidas pois o governo teme atitudes violentas dos participantes e essas atitudes podem resultar em ações violentas e comprometedoras. As pessoas hoje tem vários direitos interrompidas porque não sabem mais como utilizá-los, infelizmente existem pessoas que ainda acham que tudo se resolve com a violência, e por causa de meia duzia outros muitos acabam sendo prejudicados e tendo seus direitos de expressão extintos. Nós precisamos mudar isso, a violência não pode fazer parte do nosso dia-a-dia, nós não podemos nos adaptar a ela e sim fazer com que ela não exista por qualquer que seja o motivo. A violência não leva ninguém a lugar nenhum e se ainda existem países que querem prosperar, eles precisam primeiro sanar todo os problemas que se unem ou integram a violência, só assim as nações entrarão em paz e o mundo será melhor.

Mais terror no subúrbio do Rio de Janeiro


Um novo confronto entre bandidos e PMs deixou seis pessoas feridas por balas perdidas hoje, no Rio de Janeiro. Foi durante uma operação da polícia para tentar prender os criminosos que executaram dois PMs ontem à noite.
Os tiros eram ouvidos no Getúlio Vargas, uma das maiores emergências do subúrbio da cidade, para onde foram levadas seis pessoas feridas por balas perdidas durante troca de tiros entre bandidos e PMs.
Entre elas, Moisés Matos, de 82 anos, baleado no braço e nas costas; Áurea da cruz, de 65 anos, atingida por dois tiros na barriga, quando estava dentro de um ônibus; e Valquíria da Costa, com dois tiros no ombro e um no braço.
Um homem, que segundo a polícia seria traficante, morreu. Os bandidos chegaram a lançar granadas num carro blindado da PM.
A operação na favela Vila Cruzeiro foi deflagrada depois de mais um ataque de traficantes a policiais do Rio. Dois PMs que faziam o patrulhamento numa rua do subúrbio foram surpreendidos e metralhados pelos bandidos.
O crime foi no mesma rua onde o menino João Hélio, de seis anos, foi arrastado por ladrões que levaram o carro da família. Depois de matar os policiais, os criminosos voltaram para roubar um fuzil e duas pistolas.
Os corpos dos soldados Marco Antonio Ribeiro, de 34 anos, e quatro filhos, e Marcos André Lopes, de 32 anos, e casado há apenas cinco meses, foram enterrados lado a lado, sob grande comoção, eles receberam honras militares.
“Infelizmente, nós estamos vivendo no Rio de Janeiro uma guerra. Nós vamos ganhar essa guerra”, declarou o governador do Rio, Sérgio Cabral.


Editorial:
A violência no Brasil está sem controle. A cada dia que passa milhares de pessoas são vítimas dessa falta de disciplina, educação e oportunidades.
No Rio de Janeiro, o indíce da violência urbana é um dos maiores do país, a criminalidade só vem aumentando e a polícia acredita que se deve combater o crime com as mesmas armas dos bandidos, o que só causa prejuízos para a população que sofre muitas vezes, sem ter nenhuma culpa.